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Um pequeno texto sobre Romero Brito, escrito a pedido do jornal Folha de São Paulo, mas não publicado
Germaine Greer escreveu a respeito do leilão de Damien Hirst na Sotheby´s, em 2008: Damien Hirst é uma marca, porque a forma da arte do século XXI é marketing. Deixei a frase em suspenso, porque me pareceu que merecia uma discussão prolongada. A retomo, porém, agora quando me perguntam sobre a obra de Romero Brito pois é a primeira que me vem à mente. Vêm também outras palavras: arte falsificada, superficial, simplória, simplista. Nossa era é pluralista e nosso sistema também, Brito e suas obras não fazem mais do que atenderem às demandas de um determinado sector de consumidores. Não nos preocupemos de classificar seu trabalho como artesanato, nem como arte naif ou arte popular; categorias digníssimas de produção de objetos e conhecimento. Não é necessário encontrar para essas obras um lugar na teoria nem na história da arte, porque, afinal, elas não exigem quase nada do consumidor, apenas seu dinheiro.